Dicionário Global de Maria
História, Culto e Representações
A Revista National Geographic apresentou como tema de capa do seu número mensal de dezembro de 2015 uma reportagem mundial a que deu a seguinte manchete: Maria, a mulher mais poderosa do mundo. Este não é um mero título bombástico, mas ilustra significativamente uma realidade sobre alguém de quem nem sempre temos consciência e, ainda menos, conhecimento. Trata-se de Maria de Nazaré, que, na sua história de receção e de culto com 2000 anos, recebeu, no quadro no cristianismo (em particular, afirmado na sua confissão católica, ortodoxa e anglicana) vários títulos, através dos quais é mais conhecida e proclamada no âmbito do reconhecimento dogmático da sua santidade e do seu papel medianeiro entre o mundo divino e o mundo humano.
Vulgarmente, é chamada pela comunidade católica como Nossa Senhora, confessada em termos de fé como a Virgem Maria, reconhecida na sua santidade como Santa Maria e afirmada como dogma de fé como a Imaculada Conceição e a Virgem Assunta. Teologicamente, o seu lugar na Igreja foi ganhando crescente relevância com o decorrer dos séculos de história cristã. O povo cristão passou a reconhecer cada vez mais em Maria, Mãe de Jesus, uma poderosa intercessora junto de Deus, garante de proteção e assistência especial no quadro da história salvífica da Igreja Peregrinante sobre a Terra.
Assim sendo, e dada a relevância que Portugal teve e continua a ter na história e receção global de Maria e da sua herança cultural, entendemos de toda a pertinência promover a concretização de um projeto que intitularemos “Dicionário Enciclopédico de Maria”, destacando a herança cultural mariana gerada no nosso país, mas, simultaneamente, propondo um tratamento abrangente dos grandes temas marianos, desde a área da teologia, passando pela história, pela política até ao domínio artístico.
Este projeto global considerará o tratamento de componentes temáticas que mais digam respeito a Portugal, compaginado com a elaboração de entradas temáticas de interesse internacional. Em termos de edição, pensamos na preparação de uma edição total em língua portuguesa, da qual poderia depois ser deduzida uma versão depurada, só com as entradas de interesse global, para ser traduzida noutras línguas, nomeadamente em Espanhol, Inglês e Francês.
Enriquecer esta obra com uma componente iconográfica significativa conferiria um valor acrescentado à edição